O Saci Pererê, um dos personagens mais conhecidos da cultura popular brasileira, é tema do filme rodado na Zona da Mata em fevereiro. Com roteiro e direção do muriaeense Bruno Bennec, o média-metragem foi realizado em locações de Cataguases, Muriaé e em Piacatuba, distrito de Leopoldina.
“O filme mistura realidade e magia ao trazer personagens da nossa tradição cultural, como o SACI, interpretado pelo ator Kaik Pereira, a CUCA, em uma participação especial da atriz Letícia Spiller, e a IARA, que será representada pela atriz Jandiara Macedo, de Muriaé. Nossa intenção é fazer uma produção cultural originária brasileira, promovendo e estimulando a regionalização da produção audiovisual, valorizando recursos humanos e os conteúdos locais”, afirma Bruno Bennec.
Nessa perspectiva, mais de 70% dos profissionais que integram a equipe técnica e elenco do filme são da região da Zona da Mata. “Acredito que iniciativas como essa fortalecem a cultura local e geram impacto direto a um grande número de pessoas, entre artistas, técnicos, produtores e figurantes, além de mobilizar outros agentes da economia regional”, diz o cineasta.
Negro, pequeno e dotado de uma perna só, o Saci é um ser mítico do imaginário cultural do povo brasileiro. Ele habita as florestas e se diverte fazendo travessuras e pregando peças nas pessoas e nos animais, como dar nó na crina dos cavalos, esconder objetos nas casas, apagar o fogo do fogão a lenha, ou provocar redemoinhos de poeira. Apesar de ter somente uma perna, ele é muito ágil e veloz, usa um gorro vermelho na cabeça e fuma cachimbo. Trazendo elementos e misturas das culturas africana e indígena, a lenda do Saci ganhou projeção nacional nos livros do escritor Monteiro Lobato.
O filme “Sacis” é realizado em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, com apoio do Instituto Fábrica do Futuro, da Fundação Cultural Omeo Junqueira Botelho e das Prefeituras Municipais de Muriaé, Leopoldina e Cataguases, e o patrocínio da ENERGISA através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Governo Federal.
O hoje diretor Bruno Bennec estreou no Polo Audiovisual participando do Festival Ver e Fazer Filmes 2008, como ator do curta “A Cartomante” produzindo durante o festival. Já em 2016 dirige seu primeiro filme “A Luta”, obra de ficção que aborda um episódio histórico ocorrido em 1930, um curta-metragem realizado por meio do Edital Usina Criativa de Cinema. O Edital é uma iniciativa do Polo Audiovisual da Zona da Mata de apoio e qualificação profissional de jovens realizadores audiovisuais locais. “A Luta” conquistou naquele mesmo ano vários prêmios no Festival Ver e Fazer Filmes. Desde então ganhou o mundo sendo exibido em canais de televisão, mostras e festivais no Brasil e exterior.
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