Projeto Escola Animada inicia suas atividades com inscrição de 236 professores.

O dia 5 de outubro marcou o inicio do ciclo de formação com educadores de 10 cidades da Zona da Mata de Minas Gerais. O evento foi realizado no Estúdio-Escola da Fábrica do Futuro, situado no PINA – Ponto de Interação nas Artes, da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, em Cataguases.

A Arena Inaugural, que abordou o tema Cultura, Educação, Inovação e Desenvolvimento local, contou com a presença de convidados especiais: Vânia Costa, Pró-Reitora de Extensão da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG); Beatriz Bento, Diretora da unidade da UEMG de Leopoldina; Solange Cabral Riguete, Superintendente de Ensino de Leopoldina; Gilca Napier, Superintendente da Fundação de Cultura e Artes de Muriaé (Fundarte); Laura Giordano, do Instituto Votorantim; e Ângelo Cirino, Secretário de Desenvolvimento da Prefeitura de Cataguases. Os debates foram intermediados por Cesar Piva, gestor cultural da Fábrica do Futuro e da Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais.

     Solange Riguete, Vânia Costa, Ângelo Cirino, Laura Giordano

Cesar Piva, Beatriz Bento, Gilca Napier, Ladislau Dowbor

O destaque do evento foi a participação do professor e economista Ladislau Dowbor, de São Paulo, que falou sobre a educação como gestão do conhecimento e as novas possibilidades e desafios do mundo contemporâneo:

– “O século XX foi o da competição e da propriedade, voltado para o acúmulo de bens físicos, finitos, exclusivos. Já o século XXI, por meio da internet, tornou-se o do compartilhamento do saber, da ciência, das artes e da tecnologia, dos bens que não se esgotam, pelo contrário, quanto mais compartilhados mais crescem”. Para Dowbor, “essa conectividade planetária é de um potencial revolucionário impressionante, onde a juventude tem um papel fundamental”. Neste cenário, segundo o economista, o educador deixa de ser o lecionador e passa a ser o organizador deste processo de distribuição do conhecimento, gerando intensa liberdade de acesso.

Para Beatriz Bento, “esta é a perspectiva da nova escola, a da diversidade, da inclusão, da ruptura com o padrão de rotinas cristalizado. Onde o discurso técnico não pode se sobrepor ao discurso poético, aprisionando emoções e a capacidade criativa”, diz a diretora da UEMG Leopoldina. “No encontro entre cultura e educação podemos trazer novas possibilidades de aprendizagem e encantamento pelo prazer em aprender”, seguiu na mesma direção, Gilca Napier, da Fundarte de Muriaé.

Solange Riguete também aposta na parceria da escola com a cultura e as artes. “Como Superintendente de Ensino, minha alegria é ver aqui tantos professores que se destacam pela excelência no seu trabalho e que buscam um diferencial no exercício de sua profissão. “Este é o mérito do “Escola Animada”, observa Laura Giordano, “o de reunir professores que já atuam no seu cotidiano como agentes de transformação, pensando e praticando novas formas de ensinar”.

Para Cesar Piva, “o projeto é, para nós da Fábrica do Futuro, a oportunidade de contribuir com a (re)aproximação entre cultura e educação na perspectiva de uma nova escola. E também a de gerar e fortalecer uma rede de agentes culturais e educacionais na região, conectando e comprometendo-os com as novas perspectivas de desenvolvimento na região, em especial com o movimento em torno do Polo Audiovisual da Zona da Mata mineira”. “Nas muitas viagens que faço a trabalho, vi em todos os lugares que o que funciona é quando as populações tomam as rédeas de seu desenvolvimento, com ações e processos participativos”, completa Ladislau Dowbor.

A pró-reitora da UEMG, Vânia Costa, declarou: “Estamos empolgados com a ideia do Polo Audiovisual, entendemos como uma oportunidade para a Universidade, na medida em que se apresenta como uma perspectiva e demanda envolvendo diversos municípios, essa dimensão regional é fundamental para pensarmos juntos em diversas possibilidades de formação na região”. Nesse contexto, o Secretário Ângelo Cirino ressaltou a importância da recente aprovação da Lei do Consórcio Intermunicipal de Cultura na Câmara Municipal de Cataguases.

À tarde, os professores se organizaram em grupos de trabalho e desenvolveram dinâmicas e performances a partir de temas relativos às novas práticas educativas da atualidade. Foi o momento de explorar a criatividade, criando situações que envolveram diversas formas de expressão artística, com música, teatro, desenho, etc.

A partir de agora, de outubro a dezembro de 2013, o Projeto inicia sua fase de formação com realização de curso semi-presencial, como oficinas locais, web-aulas e tutorias online. O objetivo final é ajudar o professor participante a elaborar projetos educacionais (planos de aula) para execução na escola em 2014.

VEJA CRONOGRAMA: 

Sobre o projeto:

O Projeto “Escola Animada” tem como público principal os professores da rede de ensino pública e privada de 10 municípios da região – Cataguases, Descoberto, Fervedouro, Itamarati de Minas, Leopoldina, Miraí, Miradouro, Muriaé, Rosário da Limeira e São Sebastião da Vargem Alegre. A ideia é oferecer inspirações e desenvolver ferramentas, tendo como recursos o audiovisual, as novas tecnologias e as mídias digitais, para qualificar o processo de aprendizagem, introduzindo novas práticas pedagógicas em sala de aula.

VEJA LINHA DO TEMPO:

O “Escola Animada” é uma iniciativa do Instituto Fábrica do Futuro com o Instituto Votorantim e o patrocínio da Votorantim Metais. O Projeto conta também com parcerias da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho/Energisa, da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, do SEBRAE-MG, das Superintendências de Ensino de Leopoldina e Muriaé e as Prefeituras Municipais da Região.