A cineasta mineira Elza Cataldo foi a convidada especial para um bate papo sobre “Cinema e História” realizado na plataforma POLOTV.EDU, o mais novo espaço de formação e qualificação profissional do Polo Audiovisual.
Diretora, produtora, roteirista e pesquisadora, Elza Cataldo une a paixão pelo cinema e pela história em belos filmes que resgatam personagens esquecidos ou invisibilizados, mas que tiveram importante papel na construção de nossa sociedade. Seu olhar se volta em especial para as mulheres, ignoradas em nossos registros históricos, mas protagonistas nas narrativas criadas ou resgatadas pela cineasta.
“Sempre me interessei por cinema, e essa curiosidade acentuou quando fiz meu doutorado em Paris, onde tive oportunidade de ver uma cinematografia muito diversa, além de me aprofundar nesse estudo fazendo um doutorado em Cinematografia. Tenho uma formação de pesquisadora, e o Cinema nos instiga a ir mais longe, pesquisar mais, buscar mais camadas, e não ter medo de mergulhar sempre mais fundo para entender melhor o personagem”.
No encontro, Elza conta sua trajetória, seu processo de criação e produção, e como o Cinema e a História se entrelaçam em suas obras para revelar os sonhos, desejos, dramas e conquistas de seus/suas personagens.No filme “Vinho de Rosas”, onde mistura ficção e realidade, Elza resgata a história da jovem Joaquina do Espírito Santo Xavier, filha de Tiradentes cuja existência não recebeu nenhuma menção nos livros.
Em sua realização mais recente, o longa-metragem “As Órfãs da Rainha”, Elza Cataldo conta a saga de três irmãs portuguesas, que são obrigadas a deixar seu país e vir para o Brasil com a missão de povoar esse novo mundo. Num ambiente selvagem, elas ainda terão de enfrentar a chegada da Inquisição no país. Para ambientar a trama, passada no século XVI, a cineasta construiu a primeira vila cenográfica do Polo Audiovisual, instalada na zona rural de Tocantins, cidade da Zona da Mata mineira. Primeiro filme de época do Polo Audiovisual, “As Órfãs da Rainha” está em fase de finalização.
“Esse é um filme sobre a intolerância. Vejo essas mulheres como nossas ancestrais. A intolerância que a gente vê nessa narrativa e que parece distante, lá no século XVI, ela tem reflexo até os dias de hoje. Acho muito importante a gente conhecer o passado para evitar repetir coisas que já aconteceram e que trouxeram consequências graves para o Brasil e para o mundo”, diz Elza.
Participaram também do debate: Inês Peixoto, atriz, já atuou em diversos filmes de Elza Cataldo; Américo Antunes, jornalista e diretor do FHIST – Festival de História de Diamantina; Guilherme Celestino, professor de Pedagogia da UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais; Claudio Santos, diretor da Fábrica do Futuro e professor da UEMG; Marcos Pimentel, diretor do Polo Audiovisual; Andrea Toledo, diretora da UEMG. O bate papo foi mediado por Pedro Varoni, professor e pesquisador especializado em Linguística.
Na plataforma PoloTV.EDU participaram do debate 147 pessoas, sobretudo estudantes e professores de 10 universidades e centros de ensino superior nos estados de Minas Gerais (UFJF, UFMG, UEMG, PUC, UNA, IF Sudeste), Rio de Janeiro (UFRJ e UFF), São Paulo (UNICEP, ESPM, UFSCar), Bahia (UFBA), Pernambuco (UFPE), Ceará (UFC), e Paraíba (UFPB), além de artistas, roteiristas, produtores e jornalistas.
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