Outro destaque na MAX – MINAS GERAIS AUDIOVISUAL EXPO foi a apresentação da maior experiência de produção cinematográfica já realizada no âmbito do Polo Audiovisual: o longa-metragem “Arigó”, dirigido por Gustavo Fernández, com produção de Roberto D’ Avila, da Moonshot Pictures (SP), FJ Productions (USA), em parceria com a Camisa Listrada BH (MG).
“OPORTUNIDADES REGIONAIS, DISCUSSÃO DE TEMAS LOCAIS: CASE ‘ARIGÓ’
O painel foi apresentado por Monica Botelho, presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueiro Botelho, entidade de responsabilidade social da empresa ENERGISA, e Roberto D’Avila, sócio diretor da Moonshot Pictures. “Arigó” foi realizado nas cidades de Cataguases e Rio Novo, no primeiro semestre de 2018.
A produção mobilizou uma equipe de cerca de 300 profissionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e da Zona da Mata mineira, dentre artistas, produtores, técnicos e prestadores de serviços, além de 1.300 figurantes locais. O filme conta a história de um dos maiores médiuns brasileiros, conhecido como José Arigó, que viveu em Congonhas em meados do século passado, onde realizou milhares de cirurgias e curas espirituais.
“Os aspectos históricos e culturais de Minas Gerais são temas caros para nós do Polo Audiovisual da Zona da Mata, uma vez que o Estado sempre ocupou papel relevante no cenário nacional. Nossos personagens históricos são temas de filmes e séries de TV sob a direção de cineastas de diversos pontos do país. E nas cidades e distritos da Zona da Mata, produtoras audiovisuais de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro encontram conjuntos arquitetônicos bem preservados, que podem retratar ambientes urbanos e rurais dos anos de diversas épocas até os dias atuais. Nossa missão nos últimos anos foi encontrar boas produções que se adequassem às nossas características regionais e conquistar uma regularidade na produção de filmes e séries na região. Nosso trabalho, a partir de então, é dar suporte para essas produções, fazer toda interlocução e mediação com as prefeituras municipais, com outras instituições e empresas parceiras, orientar a relação de contrapartidas locais, com a contração de artísticas, produtores, prestadores de serviços e fornecedores da região. Além desse amplo apoio, ainda buscamos captar novos recursos no Estado, em especial, com a empresa ENERGISA, por meio de leis de incentivo fiscais. Para nós a produção do filme “Arigó” foi um marco na trajetória do Polo Audiovisual, ocupando ao todo 70 locações, especialmente, nas cidades de Cataguases e Rio Novo, gerando trabalho e renda para centenas de profissionais locais e setores de serviços da região. Nossas projeções indicam que o filme trouxe um impacto na economia regional de mais de R$ 3 milhões”, destacou em sua apresentação a gestora cultural Monica Botelho.
Roberto D’ Ávila falou do papel da Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual – APOLO, e das Prefeituras Municipais na produção do longa-metragem, e fez um relato comovente de como a população local acolheu sua equipe e colaborou para o sucesso da iniciativa. “nós precisávamos encontrar locações urbanas que remetessem à cidade natal do personagem, Congonhas e à Belo Horizonte, dos anos 50 a 70 do século passado. Nessa busca, encontramos o Polo Audiovisual e tivemos total apoio de seus gestores para as visitas técnicas de mapeamento, quando percorremos cerca de 5.000 km e visitamos 35 cidades em, Minas Gerais e na Zona da Mata, até decidirmos por Cataguases e Rio Novo, onde encontramos os cenários que davam veracidade ao filme. Além disso, em Cataguases, nós encontramos profissionais locais preparados – técnicos, produtores e artistas – que foram contratados para atuar junto à nossa equipe, em um intercâmbio de trocas muito vigorosas. As filmagens foram realizadas em praças, avenidas, estradas, escolas, casas particulares, e até no gabinete do Prefeito e na Câmara Municipal. A fachada modernista do Colégio Cataguases foi transformada no Hospital Federal e o Hotel Cataguases transformou-se no Hotel Financial, ambos na capital mineira. Em Rio Novo, uma pequena cidade de cerca de 10.000 habitantes, o mais emocionante foi mobilizar 1.200 figurantes locais, entre crianças, jovens, adultos e idosos, conferindo uma grande autenticidade às cenas. Nós filmamos em antiga casa que se passou pela sede do Centro Espírita Jesus de Nazareno, na Cadeia Municipal, ruas, armazéns e casas particulares. Para nossa equipe, acostumada com produções de estúdios, sobretudo, na capital paulista, foi uma experiência muito marcante e emocionante”.
(Fotos: André Cherri / Matéria: Beth Sanna)
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