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10 de julho de 2018
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APOLO lança “Film Commission”.

A partir de agosto próximo, a Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual – APOLO, passa a publicar em seu site o espaço “FILM COMMISSION” com uma série de informações e orientações especiais para as produtoras do Brasil e do exterior interessadas em realizar suas obras nas cidades da área de abrangência do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais.

Arigó 001

 

Cesar foto 1

Para Cesar Piva, que desde abril passado assumiu a função de novo diretor-presidente da APOLO, “o momento é de ampliar nosso profissionalismo e para isso desenvolvemos uma proposta diferente de ‘film commission’, sustentada a partir de nossa própria experiência, em especial, a partir de 2010 com a realização de grandes produções em nossa região. Podemos dizer com segurança que somos a região do interior brasileiro com maior número de grandes produções realizadas, por meio de um arranjo produtivo local através de um trabalho continuo e estruturado em pequenas e médias cidades da Zona da Mata mineira. Diferente também porque em outros lugares, na maioria das vezes, a organização do “film commission” é realizada por governos municipais e ou empresas estatais. Em nosso caso, com a APOLO, uma instituição social de interesse público e sem fins lucrativos, assumimos na prática esta responsabilidade e vamos agora dar uma caráter mais institucional para esse trabalho que já realizamos com reconhecido êxito”.

Em 2018 o Polo Audiovisual está viabilizando quatro longa metragens, um especial de televisão e cinco curta metragens, o dobro de produções realizadas em 2017. Para os próximos anos a meta é manter essa regularidade de produções em diversas cidades da região, melhorando as condições técnicas de produção, fortalecendo empreendedores locais e qualificando ainda mais os artistas, técnicos e produtores locais.

Monica Botelho 1

“Estamos inaugurando um novo ciclo na trajetória do Polo Audiovisual com a ampliação do número de filmes para serem realizados em nossa região, por meio do patrocínio da Energisa através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, viabilizando seis grandes produções em 2018. Essa nova realidade nos mostra que é necessário melhorar o nosso trabalho, não só para que em 2019 essa regularidade seja garantida, mas também para atender as demandas das produções que serão ainda maiores nesse novo momento. Faremos, desde um maior esforço de preparação dos recursos humanos locais, passando pela melhoria de nossa infraestrutura e equipamentos, até ampliação de parcerias em âmbito regional e nacional”, afirma Monica Botelho, presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho.

Um bom exemplo deste trabalho já em andamento é destacado nas pequenas entrevistas publicadas abaixo.

A primeira com o produtor Breno Nogueira, sócio da produtora Dromedário Filmes, que, em 2017, filmou na região a série de TV “Árvore dos Araújos”, e a partir de agosto volta à região para realizar as filmagens do longa-metragem “A Queda”. A segunda com o diretor de arte Cedric Aveline, que, em 2012,  integrou a equipe de profissionais do longa-metragem “Quase Samba”, e em 2018 participou como consultor do Projeto Usina Criativa de Cinema,  e também na perspectiva de rodar dois novos filmes na Zona da Mata ainda esse ano.

BRENO NOGUEIRA: 

Foto Breno Nogueira

O que é para você voltar a filmar no Polo? 

É a possibilidade de reencontrar os muitos amigos que fizemos no ano anterior. É a oportunidade de encontrar gente competente disposta a trabalhar e dar o seu melhor. É a certeza que serão várias semanas de muita atividade e também de muitas alegrias compartilhadas. É saber que tudo vai dar certo.

 

O que destaca no Polo que favorece as produtoras a virem empreender na região do Polo?

Gente. Gente que incentiva o desenvolvimento da região e quer ver o Polo se desenvolver. Gente que quer trabalhar e não perde a oportunidade de aprender. Gente sempre pronta para o que der e vier. Gente.

Que papel você atribui ao Polo e seus parceiros no âmbito das políticas públicas no setor?

O papel é fundamental. É incrível encontrar tantas pessoas pensando e fazendo audiovisual no interior de Minas. É fantástico ver uma empresa como a Energisa, apostando no audiovisual como fator de desenvolvimento econômico local. É maravilhoso poder fazer parte dessa história.

CEDRIC AVELINE:

Cedric 2Você filmou na região quando o Polo Audiovisual recebia suas primeiras grandes produções. O que mudou nesses seis anos?

Na época, encontramos uma região “virgem” cinematograficamente, uma equipe de profissionais do Polo que nos recebeu muito bem, nos ajudou com as locações, cederam equipamentos, e indicaram jovens estagiários empenhados em se profissionalizar no cinema.

Em 2018, além de ser também muito bem recebido, me deparo com uma grande mudança: a quantidade de profissionais locais cresceu exponencialmente, os estagiários de antes são, agora, referência na cidade, são técnicos, artistas, produtores, atores ou circenses. Os moradores locais desejam participar das produções do jeito que podem, atuando como figurantes, fornecendo casas para locação. A troca produção de filme/Cataguases parece ser um romance perfeito, como um amor à primeira vista.

Em sua opinião, o que atrai produtoras de outros pontos do país a virem filmar na região?

O Polo Audiovisual começa como deve ser feito: com a base, formando mão de obra qualificada, por meio de festivais, oficinas, cursos, editais para produção de curtas-metragens, fóruns, exibições de filmes e todo o trabalho junto a população local para o reconhecimento da importância das produções de filmes na Região.

Longa-metragem O Menino no Espelho. Roteiro adaptado do livro homônimo de Fernando Sabino. Direcao de Guilherme Fiuza e Producao de Andre Carreira

 



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