O Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais anuncia o resultado da chamada criativa para produção de curtas-metragens, destinada a novos talentos residentes na região.
Em 2019, a COMISSÃO DE SELEÇÃO foi formada por: Elza Cataldo, diretora, roteirista e produtora; Tati Mitre, produtora; Sergio Pedrosa, produtor. Entre os 21 projetos apresentados, por proponentes de 10 cidades da região, a comissão julgadora chegou ao seguinte resultado:
CONTEMPLADOS:
“A VIDA É COISA QUE SEGUE”
Ficção / Cataguases
Proponente: Bruna Schelb Correa
Diretora: Bruna Schelb Correa
SINOPSE: Morador da cidade de Santana de Cataguases, Luiz é um menino de sete anos, franzino, curioso e peralta. Trata os adultos ao seu redor com bastante respeito, mas tem muito apreço por suas travessuras inofensivas. Em um dia como outro qualquer Luiz acorda cedo e vai até a padaria buscar pão para o café. Lá, encontra o padeiro, um amigo improvável que lhe conta causos enquanto sova as massas. Luiz pede a ele que conte mais uma vez uma história que ele já conhece, chamada pelo padeiro de “A invenção do panetone”.
“ATÉ ONDE A VISTA ALCANÇA”
Documentário / Visconde do Rio Branco
Proponente: Jader Barreto Lima da Silva
Diretor: Jader Barreto Lima da Silva
SINOPSE: “Até Aonde a Vista Alcança” é um documentário, narrado a partir do ponto de vista de um neto que acompanha os desafios de sua avó em manter-se viva aos seus 103 anos. Dona Maria é escritora e traduz em suas crônicas episódios do cotidiano rio-branquense. No entanto, por questões de saúde, não consegue mais escrever. O neto que sempre ouviu muitas de suas histórias, empresta sua mão para que a avó escreva talvez sua última crônica.
“BANZO”
Documentário / Leopoldina
Proponente: Monique Rangel
Diretora: Monique Rangel
SINOPSE: Macumba vem do quicongo kumba que significa “feiticeiro”, mas também “encantadores das palavras”, “poetas”. Por mais de meio século, Maria da Paixão foi rainha de um centro de umbanda onde se encantaram corpos – muitos hoje convertidos às religiões neopentecostais – e narrativas que ainda se cruzam na cidade de Leopoldina, na zona da mata mineira. O documentário Banzo acompanha a bisneta mais velha de Maria no resgate das memórias e encantamentos de um espaço que já foi um dos mais movimentados centros da região, mas hoje serve como depósito de santos que acumulam poeira e se desfazem com a ação do tempo.
“teAR”
Experimental / Cataguases
Proponente: Pedro Marcos de Oliveira
Diretor: Pedro Marcos de Oliveira
SINOPSE: A presente obra audiovisual experimental pretende revelar ao espectador o processo que inaugura uma instalação artística, arquitetônica e performática realizada no monumento “As Fiandeiras” construído em meados do século XX em homenagem ao industrial José Inácio Peixoto, com arquitetura de Francisco Bolonha, painel de azulejos desenhado por Cândido Portinari e executado por Américo Braga, e escultura “A família” de Bruno Giorgi. A intervenção artística documentada nesta obra audiovisual tem como objetivo apropriar-se desse objeto arquitetônico através da música e da performance, ao mesmo tempo em que narra alguns pontos centrais do processo de tombamento realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e que talvez nunca tenha alcançado amplamente a sua compreensão pela população. Entre outras técnicas de abordagem e dispositivos, a intervenção se faz a partir de um convite de interação do público com a obra, provocando uma transformação no espectador, dado que a obra só acontece com sua participação, procurando despertar a seguinte reflexão: como desejamos tecer o fio de nossas vidas?
PROJETOS SUPLENTES:
Como na edição anterior, além dos 4 projetos contemplados, o comitê de seleção indicou 4 projetos para compor uma lista de espera, que será acionada caso haja alguma irregularidade ou impedimento dos projetos contemplados no tocante à análise dos materiais apresentados durante a inscrição, como: percentual de recursos humanos locais a serem utilizados na composição das equipes dos filmes; real envolvimento do proponente na equipe do filme; locais de realização das filmagens; participação nas consultorias oferecidas pelo concurso; comprovação de obtenção de direitos autorais envolvidos no roteiro; cumprimento das demais exigências do edital para a assinatura do Termo de Compromisso e consequente recebimento dos recursos financeiros.
1º Suplente:
CACO DE VIDRO (Ficção / Cataguases)
Proponente: Marco Aurélio Andrade Gonçalves
Diretor: Marco Aurélio Andrade Gonçalves
2º Suplente:
O MANTO (Ficção / Cataguases)
Proponente: Karina de Freitas
Diretor: Bruno Benec
3º Suplente:
A ÁRVORE DA LUA (Ficção / Ervália)
Proponente: André Luiz Castro e Silva
Diretor: Tobias Resende
4º Suplente:
LOUCO É QUEM ME DIZ (Documentário / Ubá)
Proponente: Rafaella Pereira Lima
Diretora: Rafaella Pereira Lima
COMISSÃO DE SELEÇÃO:
ELZA CATALDO – diretora, produtora e roteirista
Formada em Cinematografia pela Universidade de Nanterre e Doutora pela Sorbonne, França. Foi professora e pesquisadora pela Universidade Federal de Minas Gerais, exibidora de cinema em Belo Horizonte, palestrante e professora da Fundação Dom Cabral, consultora do ISVOR/FIAT, do Programa Bahia Criativa, da Casa da Economia Criativa/ SEBRAE. A frente da produtora Persona Filmes, coproduziu os filmes de longa metragem “A Luneta do Tempo”, de Alceu Valença, e no âmbito do Polo Audiovisual em 2010, “Meu Pé de Laranja Lima”, de Marcos Bernstein, e em 2019 irá dirigir “As Órfãs da Rainha“, longa metragem de ficção histórica, que será rodado em Tocantins, MG.
TATI MITRE – produtora
Graduada em Cinema e Vídeo pelo Centro Universitário UNA (2008) e pela Escola Internacional de Cinema e TV (EICTV) de San Antonio de los Baños – Cuba, na especialização de produção (2013). Pós graduada em História da Cultura e da Arte pela UFMG (2009) e pesquisadora convidada pelo Departamento de cinema da Faculty of Fine Arts Concordia University – Montreal, Canadá (2015).
SÉRGIO PEDROSA – produtor
Executa funções diversas na produção audiovisual há 30 anos. Com passagem pela exibição e distribuição de filmes no setor público e privado, coordenou a área de preservação audiovisual do CTAv – Centro Técnico do Audiovisual, acompanhando a construção do prédio para guarda e preservação de matrizes. Atualmente, trabalha na produção executiva dos projetos para cinema da Viralata Filmes/Benedito Filmes.
O Edital Usina Criativa de Cinema integra as ações do 7º FESTIVAL VER E FAZER FILMES, que será realizado em novembro, em Cataguases. Os filmes produzidos serão exibidos em evento especial no encerramento do festival, com premiação em diversas categorias.
Além dos 4 filmes contemplados no concurso, um quinto filme será realizado por um diretor/ diretora com reconhecida experiência no meio audiovisual. Nessa quarta edição, a convidada é a diretora Clarissa Ramalho, que já rodou em Cataguases o filme “Natureza Morta”, com produção de Benedito Filmes e Vira LataTV.
O Festival Ver e Fazer Filmes é uma realização do Instituto Cidade de Cataguases em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, o Instituto Fábrica do Futuro e a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho. O patrocínio é da empresa ENERGISA por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Estado de Minas Gerais.
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