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16 de agosto de 2018
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A saga de um cangaceiro na Zona da Mata mineira

Essa história inusitada é tema do documentário de Samuel Fortunato, de Ubá, realizador audiovisual selecionado no 3º Edital Usina Criativa de Cinema, uma iniciativa de apoio a jovens realizadores audiovisuais residentes na área de atuação do Polo Audiovisual da Zona da Mata.

No curta-metragem “Cangaceiro Maralonso”, Samuel conta a saga de Mário Alonso, que viveu na região em meados do século passado, deixando seus feitos gravados em  ‘causos’ que o retratam ora como bandido, ora como justiceiro.

Cangaceiro 1 (Copy)

As filmagens foram realizadas em julho, em distritos rurais de Ubá e de Tocantins. O centenário Museu Ginásio São José, em Ubá, também serviu de base e de locação para o filme.  Para recriar o ambiente por onde o cangaceiro perambulou, há mais de 50 anos atrás, o diretor escolheu como locações as estradas de terra e casas de fazendas que permanecem de pé até os dias de hoje. Samuel Fortunato fala sobre sua experiência:

“Sempre gostei muito de estradas de terra e da roça, seu povo e sua generosidade. Assim, realizar um filme de roça, em minha cidade natal, me fez resgatar um pouco da minha essência. Durante cinco noites, filmamos na antiga Estação Ferroviária de Tocantins e nas zonas rurais de Parada Moreira e, em especial na comunidade da Miragaia, onde encontramos muita solidariedade, várias pessoas ajudaram, emprestaram cavalos, equipamentos de montaria, embarcaram nessa aventura madrugada adentro acreditando no filme, foi muito bonito”.

Cangaceiro 2 (Copy)

O filme tem Samuel Fortunato na direção, roteiro e montagem; Marina Moss produção geral; Igor Freitas e Alexandre Borges, direção de fotografia; Miron Soares na direção de arte; Tiago Glomer e Vanderlei Sperandio, som direto;  Eduardo Yroshe e Leonardo Gatto, assistentes de câmera; Isabela Souza e Samara Lopes, assistentes de produção; Robson Crusu, designer; Me Gusta Xagusta, trilha sonora. Na consultoria histórica, o Professor Joaquim Carlos de Souza, além de Cleber Lima e Sebastião Fortunato como interlocutores.

Cerca de 30 pessoas, entre equipe técnica, figurantes e colaboradores, participaram da produção. Quem conta os ‘causos’ são moradores locais, que, ou conheceram Mário pessoalmente, ou ouviram suas histórias de outras pessoas.

Cangaceiro - equipe  (Copy)

(Fotos: Igor Freitas e Isabela Souza)

Para Samuel, que produz um filme no âmbito do Projeto Usina Criativa de Cinema pela primeira vez, a experiência foi uma boa oportunidade de aprendizado e de colocar ideias e projetos em prática:  “contar com o apoio do Polo Audiovisual fez muita diferença nas parcerias locais, pois as pessoas e instituições reconhecem a seriedade do trabalho que está sendo feito em Cataguases e região, isso confere credibilidade ao projeto. O aporte financeiro do Edital nos permitiu um alto nível de produção e encontrar profissionais capacitados para integrar a equipe. As consultorias realizadas na pré-produção foram sem dúvidas um diferencial para meu filme, que recebeu provocações que me possibilitaram amadurecer a ideia de um documentário com ficção a um outro nível. Acredito que essa é uma parceria que está só começando”.

O Edital Usina Criativa de Cinema integra as ações do 6º Festival Ver e Fazer Filmes, que será realizado de 17 a 27 de outubro, em Cataguases. Na ocasião, um evento especial fará o lançamento dos cinco filmes, com premiação em diversas categorias.

O FESTIVAL VER E FAZER FILMES — USINA CRIATIVA DE CINEMA é uma iniciativa do Instituto Cidade de Cataguases, em parceria com o Instituto Fábrica do Futuro, a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e Agência de Desenvolvimento do Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, com o patrocínio da ENERGISA MINAS, por meio da Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultural de Minas Gerais.

“Cangaceiro Maralonso”

Sinopse: 

Cangaceiro 3 (Copy)

Comparado por muitos a Lampião por sua ousadia nos crimes e seu senso de justiça, Mário Alonso foi um cidadão mineiro que transitou entre as qualidades de bandido e herói, matador “de gente e de fome” nas décadas de 40 e começo de 50. O documentário revela histórias e causos sobre essa lenda e a microrregião da Zona da Mata de Minas Gerais, por onde ele andou. Assim como Mário que era mais falado do que visto, o filme explora as lendas e o mistério entorno do personagem recriando o ambiente místico em que ele viveu.

 

 



6 Comentários

  1. Responder

    Simone Fortunato

    19 de agosto de 2018

    Estou ansiosa pra assistir!!!

  2. Responder

    Myrian Loyola Mantovani Machado

    30 de outubro de 2018

    Sou natural de Tocantins. Meu pai falava muito dos casos de "Maralonso".

  3. Responder

    Rosa Filomena Zotta

    21 de janeiro de 2019

    Tenho um tio q ja bateu a porteira na cara dele e minha avó que ao contrário segurou a pirteira pra ele passar. Estava em um cavalo com um amigo em outro e maus dois animais atrelados juntos.

  4. Responder

    Jose francisco

    21 de janeiro de 2019

    Sou de Rio Pomba e morei no municipio de Tocantins.Meu pai contava mutos "causos"do cangaçeiro Maralonso.

  5. Responder

    Clérison

    8 de junho de 2019

    Como faço para conseguir esse documentário?
    Tem algum contato?
    Curioso para assistir.

  6. Responder

    francisco pereira das chagas

    18 de junho de 2021

    morro em Tocantins realmente a historia do Marioalonso é muito forte


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